12 de jan. de 2011

DOCUMENTÁRIO CHATO

O documentário sobre Bordieu, o grande nome da sociologia contemporânea francesa, foi como eu já imaginava. A bem da verdade, toda vez que ouço um "gênio" abrir a boca me decepciono. Aqui no Brasil, sabemos das abobrinhas de Caetano Veloso, da falta de cordialidade de Rubem Fonseca e de educação de João Gilberto - o da Bossa Nova. Bordieu se esquivava das perguntas em nome da complexidade dos fatos. Uma das entrevistadoras perguntou sobre a felicidade, algo simples assim: como as pessoas podem ser felizes? Ele disse que sociólogos não respondem a esse tipo de pergunta. Ela retrucou: E o homem, o homem Bordieu, o que acha? Nada, ele não disse nada significativo. Provavelmente o homem não exista mais, somente a lenda, o pensador mundialmente reconhecido que não quer se arriscar. Talvez haja certa má vontade de minha parte. Gente chata. Afetada. Sei lá. "Tudo o que pode ser dito, deve ser dito com clareza", cito de cabeça um grande filósofo que não me atrevo a declinar o nome. O título do documentário é sugestivo: a sociologia é um esporte de combate. Mas que seja um esporte popular, como o futebol e o basquete; e não do tipo que agrega meia dúzia de esnobes isolados do mundo.

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