20 de jun. de 2010

A LIÇÃO DE SARAMAGO

Tomei conhecimento da obra de José Saramago por indicação. Li alguma coisa e fiquei muito impressionado, até que alguém que me foge à lembrança ter dito que o escritor português não autorizara o lançamento de sua obra no português brasileiro. Foi o suficiente para que todo o antilusitanismo que herdei de minha mãe aflorasse. Claro que é brincadeira, pois sou aficcionado pela história de Portugal, mas a antipatia de fato se instalou. O senso comum é assim: não sabemos de onde ou quando e quando menos esperamos as crenças se instalaram. Mas...
Mas eu perambulava um dia desses e revolvi tomar um cafezinho. Na padaria era noticiada a morte do escritor. Então, o programa falou de sua história de amor com Pilar Del Rio, trinta anos mais nova, um verdadeiro conto de fadas. A jornalista falou do relógio que conservava a hora em que o casal se conhecera, com a intenção de aprisionar o tempo, comum a todos aqueles que se amam. Bem... Aí não há senso comum ou genética que resista e meu coração latino se enterneceu com a morte do escritor. Uma grande história de amor de verdade é maior que qualquer literatura ou antipatia.

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