3 de mar. de 2010

BOCEJO

Daquela vez eu estava sozinho no cinema. O filme era de Peter Greeneway, sem comentários. Eu não sabia se assistia o filme ou o filme me assistia. Eram poltronas vermelhas e confortáveis... agora são cadeira pretas e simples, estou sozinho no laboratório de informática. Ouço meu teclar, quase um toc toc de pica-pau. Descobri uma galeria de lugares para almoço, no português claro: pés-sujo. Diacho de comida gordurosa! Agora me aguardam dois textos, um de Stuart Hall e outro que esqueci o nome do autor. O ruído do ar condicionado parece canção de ninar. Bocejo.

2 comentários:

Cafo... disse...

Do post anterior: Quem não entende o que você escreve é porque só lê com os olhos. "Você é muito mais do que o olho pode ver". Não me canso de dizer que é um grande ser humano, um grande observador da alma e o melhor amigo que alguém pode ter, estou com saudade dos nossos papos...rs. Mergulhado nos textos e reflexões de sua tese, o toc toc é a canção da vitória. Aplausos.

MM disse...

No cansaço dessas entrelinhas, hoje não vou dançar, vou dormir cedo e sozinha. Não considero generosidade o que se faz por prazer. É natural como um bocejo, incompreensível como o desejo de sentir, mesmo sem ter. É um exercício diário, noturno, melhor dizer. Leva-me a compreender, meu desprezo por pantomimas no que pertine a coisas sérias. “See you later Alligator.”