7 de mar. de 2010

BELEZA II

Muito se fala sobre a beleza interior, talvez ainda mais subjetiva que a beleza física. A questão se complica ainda mais ao se falar de charme, magnetismo pessoal, elegância, sensualidade, entre outros atributos que não são necessariamente inerentes à beleza convencional. Sem contar a inteligência, a generosidade, o caráter, enfim. Existe, claro, beleza num corpo saudável que se cuida, num olhar amoroso e cheio de bons propósitos. Na verdade, muitos fatores existem em maiores ou menores proporções em cada ser humano e o resultado depende também das expectativas daquele que vê, também sujeito às mesmas combinações. Assim, o que se chama popularmente de química, existe. A beleza, portanto, depende de um conjunto extremamente complexo de interações, que vão do nível pessoal ao social. E na dose certa. Você pode gostar de doce, mas em demasia pode ficar enjoado; inteligência pode se tornar pedantismo; sensualidade não é o mesmo que vulgaridade - questão de dosagem. A beleza pode ser um trunfo, arma, diferencial, mas pode ser também um fardo pesado. Pessoalmente acho que a beleza deve estar subordinada a outras características mais nobres, mas a minha opinião não é um parâmetro social. Na prática, o que o povão quer mesmo são as turbinadas de silicone, flores de plástico que não poderão florir jamais.

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