24 de fev. de 2010

ENTRE SIMONAL E A BORBOLETA

Com algum atraso assisti o documentário sobre Simonal. Gostei muito. Merecia um estudo aprofundado a saga do cantor. Caso fantástico que remexe as entranhas da sociedade brasileira: ditadura militar, racismo, música brasileira, esquerda x direita, entre outras tantas facetas de um tempo difícil. De Simonal, Carlos Imperial e a pilantragem do Rio de Janeiro dos anos 60 e 70. Um caso triste. Acho que o grande cantor de fato errou e pagou caro por sua ingenuidade e irresponsabilidade. É um daqueles tantos casos em que o sucesso sobe à cabeça. Não era um tempo de clemência. Simonal foi enterrado vivo não por este ou aquele segmento da sociedade, mas por ela própria como um todo.
Lá fora ela chegou tímida. Seu perfume encheu a sala e abri a porta cheio de alegria. Era a chuva. Chuva de água, assim como borboletas são lepidópteras. Interessante ter ouvido três comentários, ontem e hoje, sobre as borboletas azuis. Gosto de borboletas e de chuva, não há qualquer metáfora nesta confissão.

Um comentário:

MM disse...

O tempo levou Simonal que havia se deixado levar por outras coisas. E o que o tempo nos leva... Leva-nos a capacidade de se emocionar com pouco, de sonhar, de voar até lugares que apenas o pensamento atinge. Existem exceções é verdade... E há os que perdem até a capacidade de “fazer amor”, por isso fazem sexo desgovernadamente. Não sou puritana, pudica, ou qualquer coisa desse tipo, mas adepta do sexo com sentimento. Sexualmente falando, o que não preenche minh’alma; meu corpo não alimenta. Diz a música, “eu já nem me lembro bem da primeira vez que eu dei”. Eu, lembro-me muito bem! Prefiro mesmo é fazer amor!