7 de set. de 2009

OS COVARDES

A agressão de Róbson Caetano à esposa é um caso até banal. Ouço frequentemente relatos deste tipo e a covardia masculina permanece apesar do endurecimento das leis. Mas é de espantar a declaração da vítima, de que não foi a primeira vez, na verdade é a quarta surra que recebe. Eu fico então pensando o que a mantinha debaixo do mesmo teto com esse homem violento e cruel. Mesmo que fosse uma pobre coitada, não há justificativa. Talvez o apego aos bens seja grande, a falta de vontade de encarar o mundo e o trabalho, enfim.
Vamos polemizar a questão. Existe desculpa para uma agressão? E se a mulher provoca, é tinhosa, ou agride por outras formas? A violência masculina seria uma forma de reação? Há palavras que ferem e não cicatrizam rapidamente. A agressão física é indesculpável porque a sociedade a entende como uma forma de covardia do mais forte. Mas espancar um filho é também um crime e um atentado ao mais fraco. Então, qual a diferença entre a palmada pedagógica que se admite na surdina e uma reação masculina "educativa"?
Não há educação ou lição possível na violência, seja entre pais e filhos ou maridos e esposas. Trata-se de uma falta total de respeito e de amor. Mas nunca é um ação imediata, é precedida por um cotidiano de pequenos desamores e desrespeitos. Começa pela agressão verbal, o descaso com as palavras. O ex-atleta deve ser punido severamente, mas a mulher também deveria receber algum tipo de punição. Ambos são covardes, cada qual aos seu modo.

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