25 de dez. de 2008

MERGULHO NO CÉU

Ouvimos com freqüência o noticiário que nos adverte sobre as alterações climáticas. Não sei, detesto alarmismo, mas penso nas birutices do tempo diante de nossos olhos e a possibilidade de estarem associadas a tais previsões. Ou chove sem clemência ou faz calor impiedoso, não há meio termo. Li uma matéria sobre a poluição dos oceanos e fiquei impressionado. Em breve a espécie mais abundante nos mares será a de sacos plásticos. Também soube que na escalada de aquecimento, em breve - mas não em breve nos termos humanos - a Terra se encaminha para ser idêntica e tão inóspita quanto Vênus. Nos natais passados eu me preocupava com a fome no mundo. O fato de alguns terem tanto e outros tão pouco. Agora, percebo que estamos comendo o planeta, gulosamente. Olho a chuva pela janela e disse à Feiticeira: um banho de chuva viria a calhar. Há um oceano sobre as nossas cabeças e montes de sacolas e garrafas pet onde era o mar. Não sei mais o que é contemplar uma bela lua e mergulho só mesmo no céu. Ah! não comecemos um novo ano com tanta amargura... Chove Feiticeira, mas um dia a lua volta.

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