Ontem, mais um parecer. Eventualmente sou convidado para analisar um artigo científico. Trata-se de uma atividade bastante minuciosa para a qual não se ganha um centavo e a importância no currículo é pequena. Tenho em mente as críticas de Roudinesco e também as ponderações do editor da Revista de Psicologia da Universidade de Juiz de Fora. Assim, entre a crítica e a necessidade, faço o melhor que posso. Causa-me desconforto analisar friamente o trabalho de quem sequer conheço. Na verdade, trata-se de uma questão de princípios. Não gosto de julgar ou se devo, gosto de levar em consideração muitos fatores. Eu já me deparei com a seguinte situação. Banca de monografia, eu na plateia. Um professor convidado tece grandes elogios ao trabalho que tem diante de si. O aluno ficou com nota boa. E um colega seu, sentado a meu lado, disse para mim: - E aí, professor, gostou da cópia?
Um comentário:
Lembro-me de algumas cópias de monografia, mas uma foi inesquecível.Um aluno bem conceituado entre os professores...eu ainda engatinhava lá na UVA, e ele se formava...li a monografia nota 10. Pouco depois encontrava a mesma monografia em uma universidade do Pará, publicada anos antes da defesa do tal aluno...ele não mudou uma vírgula...não gostei da cópia.
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