24 de jul. de 2012

AS MALAS. O TURISMO. O ESGOTO.

Cheguei de Paraty, trazendo na bagagem uma conclusão óbvia: a incompetência é a marca dos administradores do Estado do Rio de Janeiro. Uma cidade linda, turismo de alto nível e a costumeira omissão do poder público. Os serviços básicos de limpeza urbana, entre outros tantos itens quem podem atestar o trabalho da prefeitura passam inteiramente despercebidos em Paraty. Penso ser uma agressão ao bom senso, a questão do esgotamento sanitário, e amanhã ou depois vai acontecer com esta bela cidade o mesmo que já aconteceu com outras: a destruição do ambiente provocará esvaziamento turístico. Por enquanto, é muito legal ver aquela verdadeira Babel em que franceses, italianos, paulistas, mineiros, enfim, gente de todo lugar se cruza nas ruas de pedras brutas do Centro Histórico. Os bares tocam música boa, os pratos são refinados, tudo é de muito bom gosto, embora eu prefira para o local o termo Shopping Histórico - há muito mais comércio que história ali. Paraty tem a Feira Literária, Rio das Ostras o jazz, o Rio de Janeiro tem atrações às pencas, então, será que é tão difícil às demais prefeituras perceberem a necessidade de criarem uma identidade turística? O Estado do Rio de Janeiro tem um agricultura insignificante, o seu maior potencial é o turismo e outras áreas dos serviços. E dá pena ver Araruama, São Pedro e Iguaba imersos no completo marasmo, nada acontece. Mesmo o turismo de Cabo Frio pode ser visto como predatório e de baixíssima renda. E penso que o sucesso de Paraty não pode ser creditado aos seus gestores e sim, talvez, à iniciativa privada, sempre ávida por lucro. A cidade tem pousadas maravilhosas, passeios inesquecíveis e não tem uma rodoviária decente, entre outros itens básicos de uma cidade turística. Falei demais, agora é desfazer as malas e encontrar as malas do dia-a-dia...

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