5 de abr. de 2011

BULLYING

Eu tinha o apelido de Querosene, não imagino o motivo. Eu também coloquei apelidos nada edificantes. A vida escolar é assim mesmo: o mundo colorido e divertido da juventude anda de braços dados com a crueldade. Eu era moleque e me lembro da escola que foi bombardeada com gás lacrimogêneo, não fica a dever em nada ao que assistimos agora. Fala-se, hoje, em bullying. Discute-se a violência na escola e multiplicam-se os relatos de... bullying. Puro modismo ou uma nova oportunidade de ganhar dinheiro? Não sei. A violência infantil é antiga. Já de muito tempo o Bolinha, da revistinha em quadrinhos, era discriminado e podemos multiplicar os exemplos. A Mônica, diz o Cebolinha, é "golducha" e "dentuça". A única diferença é que as crianças nunca foram tão livres para fazerem o que bem entendem. Já que o professor não dispõe mais de autoridade, o que era antes escondido, agora é escrachado. Por outro lado, há crianças que são inseridas no mercado de trabalho cedo. Essas, não podem dar "piti" ou se comportarem como "aborrecentes". O bullying é um problema desde que foram criadas as turmas, desde Comênio, no periódo medieval, portanto. Um nome bonito para um fenômeno feio. Se adultos são capazes de extrema crueldade, o que se dizer de crianças! Todos os estereótipos e estigmas que circulam na sociedade encontram terreno fértil em suas cabeças. A melhor forma de combater o bullying é estimular a tolerância face à diferença e promover a autoestima daqueles que são atingidos...

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