13 de dez. de 2010

IRENE

Ela não tem culpa de ser assim. As pessoas se incomodam com o seu jeito. Penso nela como uma pessoa distinta. Recatada. Neste domingo saiu para almoçar fora. A roupa de sempre, sóbria - que algumas pessoas acreditam ser ameaçadora. Muitos querem que eu me transforme num assassino: Que eu mate Irene... Eu não vou fazer isso. Irene é uma cidadã, útil, produtiva, honesta. Não tem nada a ver o fato de ser uma aranha grandinha, que faz enormes teias na minha varanda. Ela come mosquitos e eu odeio mosquitos. Penso em assinar a carteira de Irene, ela merece.

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