9 de ago. de 2010

DA MORTE E SOBRE O AMOR

A grande pedagoga da escola da vida é a morte. Em suas lições, a sensatez e a humildade são as grandes competências a serem adquiridas. A morte ensina que todo desejo é passageiro e toda ambição é superficial. Suas equações possuem sempre o mesmo resultado e não há necessidade de "x" ou "y", pois o seu livro é o único exato no mundo; ela ensina a gramática do silêncio e da renovação, não reprova ou aprova - não faz sentido. A pedagogia da morte deveria inspirar os poderosos e desarmar este mundo tão violento...
A grande juíza do tribunal do mundo é a morte. Em suas sentenças não há possibilidade de contestação. Não há necessidade de código ou jurisprudência, a juíza fatal não precisa de provas e está acima do bem e do mal. Toda a justiça do mundo é apenas uma criação humana, não há justiça no mundo e para isso existe a doutora morte. É a juíza que une ricos e pobres no mesmo destino...
A grande... é a morte... Sem a morte a exploração dos pobres seria eterna... E além do que... a alienação seria eterna... a politicagem seria eterna... E só o grande amor sobrevive à morte. O dinheiro acaba, a vida acaba, tudo acaba, mas o amor por onde passa deixa seu rastro de eternidade.

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