26 de ago. de 2010

A CURVA E A ESTRELA

Ouvi dizer que a imagem da lua está diminuindo de tamanho. Não sei o motivo. Pensei nisso enquanto fazia a curva e tinha a lua de cheio no parabrisa. Uma estrela solitária me despertou da monotonia da curva. Azulada me parecia a pequena e distante "criatura". Quem sabe nem sequer exista mais, só o reflexo de sua luz que viaja sem destino. Não estávamos mais sozinhos, a estrela e eu nos entendemos nos segundos eternos daquela curva - sem charme, sem música, sem sinalização, sem. A estrela talvez não exista mais. Eu ainda existo e resisto. A curva por fim não me cabia, então caí no vazio das estrelas que não existem, das luas que encolhem e dos amores que viajam sem destino.

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