27 de jun. de 2010

INDO

Festa junina. Foi legal, gostei. Mas minhas escolhas alimentares são praticamente incompatíveis com tal tipo de festa. Comi o milho, mas deixei de lados os espetinhos e os suculentos salsichões. Não abri mão, porém, do carinho dos amigos. A anfitriã me mostrou sua casa e casa de recém-casados é sempre igual: tudo muito arrumadinho e caprichado. Quadrilha, bingo e fogos. No céu a lua parecia sorridente. O vento frio fazia jus a uma fogueira, batata doce e banquinhos ao redor. Acho que não pensaram nisso. E o vento que vinha de longe tinha o estilo Djavan. O frio e a lua brilhante me fizeram especular em silêncio sobre o significado das estrelas, enquanto o povo da festa trincava os dentes nos espetinhos. Agora, no silêncio desta sala, há uma fogueira em forma de gente especulando, meditando, filosofando, sentindo, indo, indo...

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