22 de mai. de 2010

OUTRA HISTÓRIA

A hipocrisia do discurso se apresenta na atualidade travestida de "politicamente correto". Não tenho medo das minhas opiniões e nem finjo ser "generoso" com as ideologias. Não acredito em safadeza, no sentido moral do termo; aliás, detesto moralismos... Aprecio a sensualidade de um tango, de um samba, de um funk... ou qualquer manifestação onde a libido arranque suor, ainda mais se estiver associada à arte. Mas, sinceramente, não gosto da prostituição, em qualquer de suas modalidades. Não concordo com a mercantilização dos afetos e nem aprecio a venda de carinhos. Muito menos a barganha da honra - esta palavra que é quase uma heresia na atualidade. Qualquer pessoa tem o direito de viver como acha que deve, mas daí a ter minha concordância vai longe. Em Macaé foi assim: o progresso trouxe a prostituição, as drogas, a violência - pelo menos é o que me dizem. De fato, não vejo com lirismo ou naturalidade, o fato de moças perambularem pelas ruas oferecendo seus corpos - sob o risco da violência, das doenças, enfim. Não é uma questão de prazer e sim de negócio. Finalmente, a palavra infestação que usei para definir a quantidade de prostitutas de Brasília tem dois significados: 1. Assolar, devastar; 2. invadir um organismo. Ou seja, não usei o termo no sentido médico e sim em seu aspecto quantitativo. Fiquei impressionado e triste. Principalmente quando soube das muitas histórias de... ora, isso já é outra história.

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