12 de mai. de 2010

COMPANHEIROS DE PROFISSÃO

É um rapaz alto, curvado como certos tipos de árvore; gentil e atencioso, trabalhava numa loja de sapatos, pelo menos certa vez comprei um tênis com ele. Ontem nos encontramos após alguns anos e nos cumprimentamos efusivamente. Disse que estava trabalhando em duas escolas e que havia concluído uma pós na UFF. Hoje foi outro - outro desses ex-alunos que me enchem de orgulho. Ele me deu um abraço, perguntou o que podia e disse o que devia, falando sempre rápidamente, como de hábito. Pareceu-me feliz. Lembrei-me também daquele ex-aluno que tirou a primeira colocação em dois concursos públicos. Além de Marcos, Daniel e Rafael, há dezenas de graduados pela Universidade de Veiga de Almeida (CF) que estão bem colocados no mercado, não obstante todo mundo dizer que o campo para historiadores está saturado. Quando não atuam diretamente na profissão, estão em outras áreas ou então em preparação para algum concurso. O importante é que se transformaram em algo melhor - esta é, a meu juízo, a função da educação em nível superior. O Daniel comentou sobre uma questão muito "surrada" em minha aula que havia "caído" num concurso público - "e, claro, acertei", disse sorrindo. Ex-alunos é apenas força de expressão; são amigos, companheiros de profissão e de vida, gente decente que batalha e merece toda a consideração do mundo...

Um comentário:

Rafael Peçanha disse...

Caro professor, li seu texto no blog da UVA. Agradeço a citação e lembro que também é graças aos nossos professores - seja com seus elogios ou com suas críticas - que chegamos em lugares mais nobres do que merecemos. Um abraço!