2 de set. de 2009

JOHNSON, A ESTRELA E A LUA

Da janela grande do 1001 eu via a lua e uma estrela solitária que parecia lhe fazer confidências. Um sonho acordado, bordado de antigas ilusões. O horizonte parecia recortado por silhuetas negras e misteriosas. Cansei de fazer retrospectivas e pontos de cruz. O som do mp3 me incomodava, eu desejava o silêncio da paisagem. Vou me permitir a redundância: parece que há coisas que se você não faz na hora certa fica impossibilitado de fazer depois. Não concordo com o preceito, parece ideologia de classe dominante, sei lá. Estou impressionado com o livro os intelectuais, de Paul Johnson. O polêmico historiador parece ter prazer em achincalhar grandes autores. Consegue fazer com que a vida pessoal se sobreponha à obra. Há algo sórdido em seus comentários depreciativos, recheados de adultérios, filhos ilegítimos e exemplos de mau caratismo. A lua tão bela ficou lá fora. Está quente e eu encerro o dia achando que Paul Johnson pode ter um dos seguintes objetivos: 1) vender livros à custa de velhos escândalos; 2) depreciar autores aos quais nunca chegará aos pés. E boa noite a quem me entende, quem sabe uma estrela...

Nenhum comentário: