8 de jul. de 2009

O KARMA E O MINGAU

Eu via silhuetas femininas onde só se avistavam montanhas. Os olhos das estepes da manchúria ainda me seguiam quando cheguei a duas conclusões, importantes. Primeiro: não sei fazer mingau de aveia. Penso em adicionar cimento na mistura, mas isso é uma longa história. Segundo: uma explicação sobre karma. É uma concepção indiana que trata dos ciclos de nascimento e morte. Uma versão zen budista lhe retirou o caráter exotérico. Alan Watts, por exemplo, afirma que o karma é simplesmente a repetição inconsciente - de erros ou acertos. Eu acredito em parte nessa filosofia. Senão vejamos. Eu nasci pobre. Tudo sempre foi muito difícil e certamente tive minha vida prejudicada por essa pertença. Um karma ou uma análise marxista? Mas quanta experiência fascinante acumulei ao longo da vida! Os momentos de necessidade e mesmo privação me fizeram conhecer de perto a fome, a hipocrisia, a mediocridade, o medo, a exclusão, a maldade, enfim. Vi também de muito perto o heroísmo, a generosidade, a solidariedade e o amor. Eu perdi e ganhei. O saldo será aquilo que eu der maior importância. É um exercício de inteligência transformar as agruras em sabedoria.

3 comentários:

Letícia disse...

Pois é, eu acredito no livre arbítrio, que é, mais ou menos, a conclusão de tudo que vc disse. Não sei mto bem o que é o karma, mas penso que o karma eh uma forma de passar adiante sua responsabilidade nas consequencias dos seus atos. a sei lá rsrsr E quanto ao mingau coloque mais aveia e espere esfriar ele fica mais grossinho depois de estar no prato.

Aline disse...

Ganhou mais que perdeu...é um se humano especial. Soube transformar as adversidades em experiências...tirou todos os espinhos possíveis e ficou com as rosas...Não se contaminou...saiu ileso, e por isso acredito que ainda vai receber muito em troca. É muito simples a explicação...você é bom, e as vezes ser bom faz sofrer...bjs, mestre.

Patrick Gomes disse...

A velha luta de classes continua companheiro! rsrs

Lao Tze já falava dos contrastes complementares da vida.

As "provações" como diria um bom cristão neo-pentecostal ajudam no equilíbrio!

E entre marxismo, taoismo e cristianismo vamos aprendendo a viver!

Abraços mestre. Bom tê-lo por perto nesses ultimos anos!