Eu via silhuetas femininas onde só se avistavam montanhas. Os olhos das estepes da manchúria ainda me seguiam quando cheguei a duas conclusões, importantes. Primeiro: não sei fazer mingau de aveia. Penso em adicionar cimento na mistura, mas isso é uma longa história. Segundo: uma explicação sobre karma. É uma concepção indiana que trata dos ciclos de nascimento e morte. Uma versão zen budista lhe retirou o caráter exotérico. Alan Watts, por exemplo, afirma que o karma é simplesmente a repetição inconsciente - de erros ou acertos. Eu acredito em parte nessa filosofia. Senão vejamos. Eu nasci pobre. Tudo sempre foi muito difícil e certamente tive minha vida prejudicada por essa pertença. Um karma ou uma análise marxista? Mas quanta experiência fascinante acumulei ao longo da vida! Os momentos de necessidade e mesmo privação me fizeram conhecer de perto a fome, a hipocrisia, a mediocridade, o medo, a exclusão, a maldade, enfim. Vi também de muito perto o heroísmo, a generosidade, a solidariedade e o amor. Eu perdi e ganhei. O saldo será aquilo que eu der maior importância. É um exercício de inteligência transformar as agruras em sabedoria.
3 comentários:
Pois é, eu acredito no livre arbítrio, que é, mais ou menos, a conclusão de tudo que vc disse. Não sei mto bem o que é o karma, mas penso que o karma eh uma forma de passar adiante sua responsabilidade nas consequencias dos seus atos. a sei lá rsrsr E quanto ao mingau coloque mais aveia e espere esfriar ele fica mais grossinho depois de estar no prato.
Ganhou mais que perdeu...é um se humano especial. Soube transformar as adversidades em experiências...tirou todos os espinhos possíveis e ficou com as rosas...Não se contaminou...saiu ileso, e por isso acredito que ainda vai receber muito em troca. É muito simples a explicação...você é bom, e as vezes ser bom faz sofrer...bjs, mestre.
A velha luta de classes continua companheiro! rsrs
Lao Tze já falava dos contrastes complementares da vida.
As "provações" como diria um bom cristão neo-pentecostal ajudam no equilíbrio!
E entre marxismo, taoismo e cristianismo vamos aprendendo a viver!
Abraços mestre. Bom tê-lo por perto nesses ultimos anos!
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