9 de mar. de 2009

SÓ O DIABO

As transformações climáticas deixaram de ser conversa de ecologista e agora sentimos na pele o que a irresponsabilidade ambiental significa. Eu me lembro dos primeiros alarmes do Clube de Roma e os intensos debates que eram aqui republicados pelo Jornal do Brasil. Muito se fala, muito se promete, mas enquanto se festeja a redução dos índices de desmatamento pouco se faz para reparar os estragos passados. O fato é que devo dizer sem delongas que não aguento mais tanto calor. Não é nada agradável ver minhas plantas morrerem estorricadas, mesmo que eu as regue periodicamente. Os bons artigos sobre a questão trazem dados estatísticos e comentários embasados. A mim basta ver o estado das minhas roseiras e gerânios - as mais frágeis já morreram e nem a tiririca parece resistir ao maçarico celeste que nos derrete diariamente. Quem pode se refugia nos aparelhos de ar refrigerado, piorando ainda mais o aquecimento do planeta, sem contar a demanda de energia necessária para minimizar os efeitos do calor. Penso no inferno, ou seja, que vivemos numa espécie de inferno: sofrimentos, corrupções, falta de oportunidades, deputados, caldeirões e calor, muito calor. O Diabo deve estar exultante...

Um comentário:

Anônimo disse...

Acho que até cruzamos com ele de vez em quando...rs. Já tive a impressão de tê-lo visto num pronunciamento na TV.