31 de jan. de 2009

minúsculas

acordei e não dormi. um acidente na estrada. outro morto, certo. zé maria não descansa mesmo. descobri que meu transtorno é multipolar. e me aquieto aguardando a nova estação. "foi um verão violento". o refrão não sai da cabeça. de tanto ser vários, gostaria de resgatar pelo menos o perverso dos tempos dos malversos. de transgressor a contemplador o caminho é tão curto quanto a vida. sinto que tudo é possível, menos aos covardes e pusilânimes. é, mas tem aquele hexagrama, a montanha. de improviso: a parada faz parte do caminho. tem razão o oráculo. e de transtorno em transtorno eu me transformo. eu me dirijo a vc que me abandonou para sempre. e me confesso com quem voltou para sempre. pois todos vêm e vão, são a mesma pessoa, o mesmo pesadelo que começou com aquele garotinho que sentava com as mãos sobre o joelho - eu!

2 comentários:

Anônimo disse...

Esse texto...Estava agora mesmo almoçando em um restaurante, perto da capela...Pessoas chegando para dar adeus...alguém se despedia...encerrava uma história de vida...Todos os dias temos a certeza do fim...e não aprendemos, e não desfrutamos do melhor da vida...Não desafiamos a montanha...Por medo, covardia...Eu sou assim...Que sorte, você não é...bj

Coral disse...

Aline...a montanha me desafia ininterruptamente. Eu persisto sem porém vence-la. Cansa ficar no meio, voltar dez léguas e avançar de novo ao meio.É como nos jogos infantis, um momento alguém diz:-Chega! Vou dormir.
E o outro berra:-Então venci!
Venceu o que "cara-pálida"?
Em Algum Lugar do Tempo.