20 de jan. de 2009



Há certas máximas que me atormentam, ou melhor, me perseguem. Tigre é tigre, dragão é dragão. É um ditado chinês, também expresso desta forma: o tigre segue o vento, o dragão segue o céu. O essencial é pensar que cada um segue sua natureza, ou a ela se prende, principalmente por conta da ignorância (avidya). A mudança é sempre possível quando não se é prisioneiro da preguiça. Entretanto, ter consciência das limitações é importante. Há os iluminados que conseguem transcender o próprio corpo e assim não conhecem limites. Voam com asas que não possuem, brilham como estrelas que não são, simplesmente porque entram em comunhão com o universo e assim fazem parte de tudo o que existe. Não sei se existem os tais mestres e posso apenas parabenizá-los por sua proeza, habilidade, entendimento ou sei lá que adjetivo posso usar. Por enquanto, posso apenas repetir tigre é tigre, dragão é dragão. Caso eu consiga fazer a distinção entre o vento e o céu já me dou por satisfeito.

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