BALANÇO 1

Fim de ano, época de contabilidade pessoal. Conheci muitas pessoas e fiz novas amizades. O termo amizade talvez seja excessivo. Em sua maior parte gente doida. Não encontrei um grande amor, talvez o meu tempo tenha passado. Afinal, tenho concepções ultrapassadas. Amor para mim ainda é sinônimo de lealdade, companheirismo, cumplicidade, encanto, e sobretudo, sinônimo do mais alto grau de emoção humana. Provavelmente, tolices. Amores são líquidos, na atualidade diz Bauman. Eu venho treinando a superficialidade: frases curtas, muitos pontos. Mas devo dizer que conheci muita gente interessante e admirável. A lista é grande. Os jovens com quem desfruto de espaço para o diálogo: Carina (a gordinha), Samuele (a surfista), Patrick (o hedonista), Taiana (a Power), Mariana (Poia), Jéssica (a eterna modelo), Alan, entre outros. Há pessoas que não conheci, mas admirei de certa forma, como aquela jovem de olhar irônico e sensual. Ela parece ter um segredo embalado sob uma pele elétrica. Um sorriso farto e chega de descrição! Admirei a performance de Madonna e a coragem do programa Pânico na tv. Conheci El-Kahira envolta em seus arquivos e leituras, tão delicada e ao mesmo tempo decidida. A vida é assim. As pessoas são como folhas: umas caem, outras nascem. Mas o Amaury reapareceu, felizmente. O meu amigo mais antigo, completamente ensandecido é lógico. Espero que Priscilla e Elaine não despareçam. Para muitos desejo juízo, a outros determinação. Desejo ao Urias muitos anos de vida. Pensando bem, que cada um viva de acordo com seu karma...