23 de nov. de 2008

A DISTÂNCIA

Ela passou perto, enquanto eu aguardava uma carona na rodovia. Eu poderia jurar ter sentido o perfume linda e ouvido aquele sorriso sem limites. Não nos vimos, porém. Como é possível que alguém que foi tão importante ser simplesmente deletado e passar ao lado, anônimo, distante, tão distante como fiquei de inserir a interrogação nesta frase... Não houve sequer um cumprimento, um sorriso. Todas aquelas aventuras, as horas alegres, a perseguição implacável, as promessas e as dificuldades - aquela casa sem mobília, o copo espatifado em São Paulo, as horas de terror em Botafogo... Ela passou num carro meio azulado, não parecia ter mudado muito. Eu me senti estranho e dolorido...

2 comentários:

O Tal padecer no paraíso. disse...

isso é serio??meu deus se for ela marcou mesmo...+ como tudo passa...vc ta bem hj né?!rs

Soraya disse...

Também me surpreendo com atitudes como essa, nem cumprimentar é complicado. Penso que a indiferença também é uma forma de se posicionar e ter um relacionamento “amigável” com alguém tão importante não é fácil mesmo, pode significar o ponto final que talvez ainda não consiga ser posto no lugar. Não seria o ignorar uma forma de exprimir que as feridas ainda estão abertas? Falo de improviso, não conheço a história... é só um olhar...