Tenho saudades da minha filha. Ela não morreu ou viajou para algum local distante, sem contar que a vejo frequentemente. Explico: eu me refiro à minha filha em seus tempos de infância. E também digo o mesmo em relação a meu filho, o menino de cabelos lisos e riso fácil que hoje também não existe mais. Eram tão agarrados a mim! E eu era a referência de ambos, espécie de porto seguro ou herói à moda antiga. O tempo passou e hoje são adultos, pessoas sérias e das quais me orgulho por tudo o que conquistaram, notadamente o sólido caráter e o bom coração. Mas ainda ouço as risadas e a voz infantil ecoarem em algum cantinho da minha memória, entre momentos que preservo carinhosamente e quase sempre me sugerem lágrimas de emoção. A menina de cabelos encaracolados e bochechudinha, o menino de covinha e ar peralta, que hoje, de alguma forma, estão presentes no novo filho...
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