Pego a autobiografia de Jung e começo despreocupadamente a leitura. De repente me dou conta do gênero: o autor fala de um monte de coisas de sua vida, fatos que divide em interiores e exteriores. Por que alguém se interessa por tal narrativa? Se o autor é considerado importante ou genial, esperamos que ele nos ensine alguma coisa por seu exemplo. A autobiografia de Jung é volumosa. Então, penso neste homem que aos 83 anos relembra sua vida. Fiz o mesmo. Não consigo me lembrar com tantos detalhes o meu passado distante. Como posso saber se este ou aquele fato foi aos cinco ou sete anos? A autobiografia é uma ficção. Não apenas porque apresenta a forma como o narrador percebe os fatos como distorce ou inventa muitos outros. Creio que não vá até o fim do livro, exceto se ele romancear sua história. Vamos ver...
Um comentário:
Dependendo da figura, aí é que dá mais curiosidade de acompanhar uma obra desse tipo, principalmente levando em conta o que vc comentou: "A autobiografia é uma ficção. Não apenas porque apresenta a forma como o narrador percebe os fatos como distorce ou inventa muitos outros." Eu sei, eu sei, que assim sai da proposta do gênero, porém entre verdades e mentiras, acho q já dá p vc saber quem é a figura em questão.
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