18 de out. de 2010

SEI LÁ. ESPECULAÇÕES...

Noite. Eu me recordo ainda da distinção que a cronista do jornal fez entre paixão e amor. Foi a Martha Medeiro de O Globo. Achei pertinente sua afrimação de que a paixão não deve ser desvalorizada. Mas não concordo com sua conclusão de que a paixão é fugaz e o amor duradouro. Aliás, é o que todo mundo diz. Creio ter sido Hegel a dizer que nada se faz sem paixão. A paixão só morre quando é superada pelo cotidiano. Na verdade, acho que amor e paixão são faces da mesma moeda. Inventamos um monte de palavras de definição arbitrária, com limites tênues senão imprecisos. A rigor, quem ama deveria ter paixão, mas a paixão pode existir sem amor - e mas uma vez recorri aos clichês. Sei lá. Penso que paixão, humor, disponibilidade, curiosidade, entre tantos outros atributos humanos, qualque um deles só acaba quando permitimos. A paixão é o ponto de partida para o amor que, ao se estabelecer, deve zelar para que a paixão cresça cada vez mais.

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