20 de abr. de 2010

O PORQUÊ

Ontem alguém me perguntou por que no momento tanto falo em House. Muitas respostas são possíveis. Eu preciso ser normal e isso significa ter algum vício. Ontem cheguei do trabalho, rapidamente peguei minha tigela de mingau de aveia e... assisti a mais um episódio! Existe também a força da palavra. "Rauze". "Rauze". Tem a força do "r", já percebida pelo patriarca dos gracies, o clã do jiu jitsu - Rickson, Rorion, Renzo e agora Rauze, o campeão da luta contra as bactérias e vírus. E o médico vilão faz tudo aquilo que não gostaríamos que fosse feito conosco... e é feito - pelo governo, pelo vizinho, por todos em geral. O dr. House é quase um oriental: todos mentem, diz em tom confucionista. Então vai morrer, setencia quase taoísta. Não assisto novela, não roubo ou prevarico; não gosto de fofoca, não tenho cachorro, nada mais natural, então, que assistir House. Meus filhos estão criados, não devo a ninguém, tive milhares de casamentos frustados, então... House! Todo mundo mente e ninguém presta! Esta é a fórmula pós-moderna. Não há virtudes e sim necessidades biológicas. House ressuscita as teses do século XIX e redime o politicamente incorreto. É melhor acabar urgentemente este lero-lero e... assistir a mais um episódio!

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