19 de dez. de 2008

NA RUA

- Um caféééé! Mas não quero espião, não.
- Espião?
- É fraco. Você enxerga do outro lado. O forte é o caveirão...
Este é o povo carioca, irreverente e criativo. Segui meu caminho e ainda não havia chegado ao Teatro João Caetano, ouvi:
- Mulher dez! Garotas lindas por dez reais!
Anunciava o rapaz ao lado de uma barraca de frutas e em frente ao sórdido galpão de prazeres. E assim fui contabilizando ao longo do dia as cenas insólitas, as expressões populares. Adoro conversar com gente na rua. Ali reside a opinião pública e, seja lá o que signifique isso, a identidade popular.
- Dá uma força, patrão. Ajuda aí, patroazinha. A firma tá caída, compra uma balinha da firma, dá uma moral...

Um comentário:

Anônimo disse...

O que mais me entristece é que articularam a demissão do Chicão da UVA. O que voce acha disso, JG?